Os resultados iniciais são bastante promissores em relação aos tratamentos ortopédicos em medicina esportiva. Através de um método simples utiliza-se as plaquetas do próprio paciente (método autólogo) conseguindo melhorar, acelerar e até curar a grande maioria das lesões ortopédicas como, por exemplo, tendinites, lesões musculares, não generação cartilaginosa, meniscal e ligamentares, além de acelerar a consolidação de fraturas.
Os resultados iniciais promissores do método estão assegurando aos especialistas em medicina esportiva e ortopédica que a terapia de plaquetas ricas em plasma, um método de tratamento bastante simples de utilizar, pode resultar em melhorias no tratamento de lesões persistentes como tendinites e problemas de articulação de cotovelos e joelhos que afligem mais de 50% da população ocidental.
O método, desenvolvido por dentistas há oito anos em Barcelona, na Espanha, começou também a ser usado por ortopedistas do mundo inteiro, chegando ao Brasil há quatro anos pelas mãos do médico baiano Roberto Dória. Em seguida, vários ortopedistas começaram a utilizá-lo sendo que no eixo Rio-São Paulo, o ortopedista Carlos Henrique Bittencourt é um de seus maiores entusiastas.
Desde que chegou ao Brasil o PRP já beneficiou as atrizes Cláudia Raia, Glória Menezes e Tarcísio Meira, Ângela Vieira, Leandra Leal, Isabella Garcia e bailarinos como Cecília Kerche, além de centenas de atletas, como por exemplo Paulo Henrique Ganso do Santos. O PRP consiste na injeção de componentes do sangue do paciente diretamente na área lesionada, o que estimula a regeneração local do corpo repara músculos, ossos e outros tecidos. O maior atrativo, dizem os pesquisadores, é que a técnica ajuda a regenerar as lesões ortopédicas, o que pode reduzir o período de reabilitação e assim evitar a necessidade de cirurgia.
O procedimento que custa em torno de R$ 3 mil por aplicação - ante o custo de R$ 20 mil a R$ 30 mil de uma cirurgia -, não tem ainda a aceitação dos planos de saúde e os recipientes que colhem o sangue são muito caros. “Os planos ainda são inflexíveis, burocratas e não conseguem pensar em nada que não seja gastar dinheiro. Entretanto, é um lucro enorme tirar o paciente do hospital com rapidez e até mesmo não precisar interná-lo.O Plasma Rico em Plaquetas proporciona menor tempo de internação e uma recuperação mais rápida” afirma Bittencourt que é otimista em falar de sua luta em convencer as empresas que exploram esta ciência para que abaixem os preços dos recipientes para a centrifugação do sangue dos pacientes. “A matéria prima é o sangue humano. Estamos tentando convencê-los a fornecer os recipientes a preço menor do que vendem no mercado e que eles doem para grupos que querem fazer esse estudo em pacientes diabéticos, em cirurgia plástica, em cirurgia abdominal, em cirurgia ortopédica. Necessitamos que o procedimento possa ser realizado com muito mais freqüência, o que facilitará em muito as conclusões e avaliações de resultados”.